Legalmente, e infelizmente as crianças podem ser transportadas em FF (a favor da marcha) após os 9kg.
Mas isso não é, de forma alguma, seguro.
Os pais, não raras vezes dizem que os bebés não cabem no ovo porque as pernas saem fora. Mas…. são as pernas assim tão importantes e precisam de suporte?
As pernas
Não há registo de nenhum acidente, em que hajam lesões graves no seguimento de um acidente em RF, na zona das pernas.
Qual a forma de conforto de se sentar em casa?
Com as pernas subidas?
Pois, para as crianças também 😉
É super frequente vermos as crianças que são colocadas em FF com as pernas… nas costas do banco da frente! E nunca penduradas, porque isso, não é confortável!
Como se senta no sofá? Com as pernas subidas.
E numa espreguiçadeira? Ou mesmo na cama? Não fica melhor com uma almofadinha a elevar?
E as cadeiras ou sofás suportam as pernas até ao tornozelo?
É muito mais fácil sofrerem uma fractura nas pernas quando viajam em FF, uma vez que as pernas são atiradas contra o banco da frente, uma superfície rija.
Pode ver AQUI: imensas crianças toddler (maiores de 4 ou 6 anos), em RF até aos 18 ou 25kg.
O pescoço
Um bebé não é um adulto em miniatura. Toda a sua estrutura óssea é maleável e muito vulnerável. O peso da cabeça é “desproporcional” face ao restante corpo. E é aqui que temos de focar a nossa preocupação.
As áreas de maior exposição a danos num bebé é a cabeça, o pescoço e o abdómen.
Como o principal objectivo é a protecção da cabeça/pescoço, são as partes que precisam de mais segurança, não se fala tantas vezes no que acontece às pernas, mas todos sabemos que uma fractura na perna é tratável e uma fratura no pescoço pode levar à morte, então, podemos ver a diferença sobre a importância dos pontos mais falados.
A 50km/hora, num embate em FF, uma criança de cerca de 15kg, cerca de 3 anos, a sua cabeça aumenta o seu peso para cerca de 250kg de força exercida no embate. O limite de sobrevivência são 122kg.
Em RF, toda a cadeira absorve e dispersa o peso do impacto por todas as costas e cabeça e pouco chega ao bebé. Sendo apenas aplicada uma força no pescoço de 30kg. Dentro, portanto, do limite de sobrevivência.
A SEGURANÇA NÃO PODE SER NEGOCIÁVEL,
EM CONTRA MARCHA É MAIS SEGURO
Países consciencializados para esta questão, como a Suécia e a Noruega, não tem mortes de crianças na estrada porque nao usam crianças em FF.
Não é seguro, não se usa!
Está provado que viajar com as crianças em contra marcha, até ao mais tarde possivel salva vidas. Salva a vida do seu filho.
E há, infelizmente, pais que perderam os seus filhos devido a acidentes de viação, e que tentam alertar o mundo para que não sofram como eles.
Exemplo disso: https://www.facebook.com/Gabrielelvikingo/
O Gabriel ficou pentaplégico, o efeito de uma decapitação interna. Ia numa Pallas e acabou por morrer pouco tempo depois.
Se for ao Google procurar existem imensos casos de crianças que morreram ou ficaram com lesões bastante graves por ir cedo demais em FF.
De acordo com a ANSR, até Setembro de 2018, 1221 crianças, abaixo dos 14 anos, estiveram envolvidas em acidentes rodoviários.
23 ficaram em estado grave e 3 perderam a vida.
Se tiver dúvidas, não hesite em nos contactar através da nossa página AQUI.